10 setembro, 2013

BIENAL 2013; Livros estrangeiros.

Então, desculpem minha lerdeza no atraso da postagem mas as provas me pegaram loucamente e não consegui escapar até hoje. Estou muito feliz com quantas pessoas estão seguindo e comentando blog, agradeço mesmo os 5 minutinhos que vocês tiram do dia ocupado de vocês ( eu entendo XD) para comentar e ler meus posts.

Prosseguindo, gostaria de chamar atenção primeiro ao "MARAVILHOSO MUNDO DA BIENAL" do qual infelizmente eu não pude participar por causa da faculdade. Espero que todos tenham se divertido demais e que tenham comprado livros até babar.




Eu também gostaria de chamar a atenção para a quantidade de livros estrangeiros que estamos consumindo. Cada vez mais o brasileiro demonstra estar se interessando por literatura e por livros dos mais variados assuntos. No entanto, o preconceito que está surgindo junto a essa nova febre de livros é com o autor nacional. Não generalizando, os leitores brasileiros estão cada vez mais tomando "amor" pelos livros de temática estrangeira. Não que seja ruim, a literatura é bem vinda da forma que for, no entanto pensando num futuro não muito distante, como ficarão nossos autores?


Penso que ao buscarmos na literatura estrangeira por algo que não encontramos aqui, estamos indiretamente implicando que precisamos de algo parecido no Brasil e é exatamente o que está acontecendo. Livros brasileiros com temáticas estrangeiras agora está começando a ir ao auge nas livrarias e novos autores só conseguem emplacar se escreverem sobre vampiros, lobisomens e demais assuntos.

Novamente lembrando que não estou generalizado, mas o que podemos então dizer que é  "brasileiro"? Como podemos reconhecer o que não é "de fora" para podermos consumir e então somente julgar por juízo de valor? O que seria nacional para vocês? Machado de Assis é nacional? Mas ele não escrevia narrativas que se passavam com teor de Metrópole ao invés de colônia? Mauricio de Souza é nacional? Porquê?

Todas essas perguntas são perguntas que não mais tem respostas fixas como em um livro didático fornecido por nossas escolas. São perguntas as quais não podemos mais responder com base em um só referencial, pois nascemos de uma mistura de "personagens". Somos Bentinho, somos Iracema, Somos Senhora, Somos Cebolinha e muito mais. Já chegamos ao ponto de estar tão mesclados com o mundo e o mundo conosco que não podemos mais distinguir o que é português do que é inglês, assim como não podemos mais distinguir o que é Literatura Brasileira e o que é Literatura Internacional.

Temos a tendência de abraçar teorias e características estrangeiras e torná-las, com nosso "jeitinho brasileiro" algo característico e único. Talvez seja a única coisa que podemos dizer que seja nossa, essa tendência a se adaptar rapidamente as teorias externas.

E você, o que acha dessa mistureba? Prevê algum movimento literário a frente? Será que nossa geração ou a próxima trará algo tão marcante quanto o Modernismo e Realismo para nossa nação? O que é nacional para você?




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